Grupo5a Fosfo-Serina

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Uma das principais proteínas encontradas no vitelo de ovos de vertebrados e muitos invertebrados (senão a principal) é a vitelogenina.

A vitelogenina é usada no transporte de ions metálicos, lipídios e hormônios, e até na resposta imune, segundo a professora Zilá Luz Paulino Simões.

Em vertebrados, uma vitelogenina (Vtg) completa é composta por um peptídeo sinal, uma lipovitelina de cadeia pesada (LvH), uma de cadeia leve (LvL), uma fosvitina (Pv), e um domínio tipo D de fator von Willebrand (Vwfd) (Finn, 2007). A fosvitina é possui uma região muito rica em serina (Nardelli et al, 1987).

Todas as vitelogeninas de vertebrados são glicosiladas e fosforiladas pós-traducionalmente no retículo endoplasmático e no complexo de Golgi antes de serem secretadas como lipoproteínas homodiméricas.

Fontes:
Nardelli, D., van het Schip, F. D., Gerber-Huber, S., Haefliger, J. A., Gruber, M., Geert, Wahli, W. Comparison of the Organization and Fine Structure of a Chicken and a Xenopus laevis Vitellogenin Gene. Journal of Biological Chemistry 1987; 262 (32), 15377-15385.
Finn, R. N. Vertebrate Yolk Complexes and the Functional Implications of Phosvitins and Other Subdomains in Vitellogenins. Biology of Reproduction 2007; 76, 926-935.

Perae. COMO?

Vamos deixar tudo muito bem claro por aqui:
Por que a nossa molécula é tão legal?

Porque ela é capaz de ativar/inativar uma proteína inteira. Uma proteína que contenha um resíduo de serina pode sofrer uma adição de um grupo fosfato inorgânico nesse resíduo, alterando a conformação da proteína tornando-a ativa/inativa. Essa adição do grupo fosfato (a fosforilação) é feita por enzimas QUINASES. A fosforilação é reversível se houver a presença de uma enzima FOSFATASE específica, capaz de retirar esse grupo fosfato do resíduo de aminoácido, no caso, a serina.

Uma proteína INTEIRINHA funcionando OU NÃO por causa DA NOSSA MOLÉCULAZINHA. Que graça!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

PROBLEMAS TÉCNICOS

Sai menina bonitinha, entra layout sério.

Ela estava dando muito trabalho....

Vias metabólicas

Bommmm... agora nós vamos continuar a postar aqui (faz tempo que não fazemos isso) e colocar algumas vias metabólicas nas quais há participação da fosfo-serina !

A primeira delas é a Regulação do Metabolismo do Glicogênio!
O glicogênio é degradado por ação da glicogênio fosforilase. Essa enzima vai retirando resíduos de glicose -1-fosfato sucessivamente a partir das extremidades não-redutoras do glicogênio, em uma reação semelhante a uma hidrólise, utilizando fosfato inorgânico no lugar de água.
Na síntese de glicogênio, a glicose a ser incorporada nas cadeias pré-existentes de glicogênio tem que estar em sua forma ativada, ligada a um nucleotídeo de uracila, constituindo a uridina difosfato glicose. Esse composto é substato da glicogênio sintase que adiciona glicose ao glicogênio liberando UDP.
É facil notar que se a glicogênio fosforilase e a glicogêncio sintase funcionarem concomitantemente o ciclo será fútil, dissipando energia. Há mecanismos que regulam essas enzimas, fazendo com que quando uma está ativada a outra fique desativada. Um desse tipo de regulação é a "regulação por modificação covalente", e é nela que nossa molécula participa! Essa modificação covalente ativa a glicogênio fosforilase, e consiste na fosforilação de um resíduo de serina presente nessa enzima, transformando-o na fosfo-serina. Essa fosforilação modifica a estrutura terciária da glicogênio fosforilase e converte essa enzima de sua forma inativa para a forma ativa. Essa reação de fosforilação do resíduo de serina é catalisada pela glicogênio fosforilase quinase.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Fosfo-serina quem?

A fosfo-serina é um éster de uma serina e de um ácido fosfórico.
SERINA, é um aminoácido que tem essa cara aqui:




Mais esquemática...

Acho que vale lembrar que só a serina de isômero L é que é encontrada nas proteínas.

Sem confundir: essa é a SERINA. A fosfo-serina ganhou um fosfato. Assim, ó:

Mas pra que fosforilar?

A fosforilação é uma modificação pós-traducional (modificação que ocorre depois do processo de tradução da proteína) que se dá pela adição de um grupo fosfato (PO4) a um aminoácido. Exerce um papel essencial em inúmeros processos celulares. Muitos receptores e enzimas são “ligados” ou “desligados” pela fosforilação e desfosforilação: a adição do grupo fosfato pode mudar completamente a conformação de uma proteína, tornando uma molécula apolar hidrofóbica em uma molécula altamente polar e hidrofílica.

Essa adição só ocorre, nos eucariotos, em serina, treonina e tirosina, numa proporção de aproximadamente 1000/100/1 respectivamente.